segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O que torna um restaurante mais caro que outros?


Você já entrou em um restaurante, olhou o cardápio e se espantou com os preços praticados por aquele estabelecimento? Ou já se perguntou por que o mesmo prato em diferentes restaurantes tem variações tão grandes de preço?
Vários são os fatores que podem encarecer os pratos em um restaurante e muitos desses fatores estão intrínsecos em detalhes que passam despercebidos pelos clientes, mas para o restaurante esse “despercebido” será embutido no valor final de cada prato e bebida. E quais são esses “despercebidos”?
Você entra em um restaurante pede por um prato composto por lula e de cara já se espanta com o valor R$ 70.00. A primeira reação é dizer que com esse valor você consegue comprar 1kg de lula, mas por fim decide por pedir o prato. Segundo susto: quando recebe o prato vê que só há uma pequena lula, um desenho feito com um creme de beterraba e outra pequena decoração. Pura decepção com o tamanho e ainda mais com o valor.
André galvão


 E sabe por que tão caro?
As respostas só começam a aparecer quando você percebe onde está  e  o que há ao seu redor. Este ambiente é luxuoso? Cheio de pompa? O serviço recebido é muito superior a um restaurante do tipo self-service? Essa deve ser a primeira impressão deste local, já que um ambiente luxuoso e com serviço impecável terá um incremento no valor final de cada coisa servida ali.
Exemplo de um ambiente cheio de luxo: Le Louis XV – Alain Ducasse
Agora, mesmo que você seja um freqüentador de ambientes luxuosos como este, ainda assim pode encontrar muita variação nos valores de pratos, como o da lula acima, em diferentes restaurantes. E  por que isso? Uma resposta que é básica e responde a quase que todas as outras perguntas é o melhor serviço apresentado por aquele restaurante. E serviço deve ser entendido não só como o atendimento ao cliente, mas também como a ambientação, isto é, o tipo de toalha de mesa que está na sua frente, os pratos, as taças, os talheres e todo o restante que compõem aquele espaço.
Infelizmente,  nenhum restaurante consegue arcar com todo esse investimento sem ter que repassar ao consumidor final uma porcentagem de tudo isso. Mas, tem que se fazer entender que se o serviço foi apresentado com talheres de prata e em um prato de porcelana de 30 cm ou mais, tudo sobre uma toalha de linho e com um belo arranjo de flores naturais sobre a mesa, isto terá um custo, custo esse, dos quais não somos obrigados a saber, mas que se pensarmos um pouco logo chegaremos a uma resposta, pois um vaso de flor, o mais simples que seja ele, vai custar por voltar de R$ 20, e este vaso vai em cada mesa do restaurante. O prato de porcelana, que muitas vezes será importado pode ter seu valor em torno de R$100,00 (exemplo da marca Australiana Maxwell & Williams) e tem também as taças de cristais que podem custar até  R$200,00, ou mais!!  (exemplo da marca Austríaca Riedel). E assim todo o resto do que há dentro desse restaurante terá esse custo elevado e que será repassado a cada freqüentador do estabelecimento.

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Taça Cristal Vinum Bourgogne Rouge -

Algumas pessoas até podem torcer o nariz a toda essa pompa dizendo ser desnecessário, mas por outro lado são tantas as outras pessoas que gostam e admiram tudo isso, que sendo assim, acabam por pagar por esse requinte. E por que pagar se o prato, os talheres e as taças continuaram dentro do restaurante sendo usado por outros? Pois afinal de contas pelo valor pago por um prato de lula, como exemplificado acima, você deveria ter o direito de até levar o prato embora. Mas a coisas não funcionam desse modo e esse valor “abusivo” nada mais é que uma proteção do proprietário do restaurante perante as pessoas que irão “furtar” um talher, um saleiro, ou outras pessoas que irão quebrar uma taça ou até mesmo um prato. Ninguém se imagina num restaurante como esse e acidentalmente quebrando uma taça de R$ 200.00. Agora imagina sua conta final constando o valor de uma taça quebrada? Se sua lula já estava cara, agora com essa taça, mais ainda. Mas um bom restaurante nunca fará isso, nunca irá embutir qualquer prejuízo em sua conta. Não o prejuízo por inteiro, mas com certeza esse gasto irá para todos os que passarem por lá, pois esses valores pré-calculados já estão impresso no menu, no valor de cada prato.
Agora entendeu melhor o porquê do valor tão caro daquela lula e tantos outros pratos que você acreditava ter um valor abusivo?!?!  Vale a pena apreciar todo esse requinte...









terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Primeiro Azeite Brasileiro Vendido Comercialmente, o Olivas do Sul

   
Tiago Moda

   O Brasil entra para a lista dos países produtores de azeites comercialmente disponíveis. Desde o Brasil imperial oliveiras são cultivadas esparsas em algumas regiões do país, principalmente na região sul por imigrantes, tais como espanhóis e portugueses. A história agora é outra. Desde o final do ano de 2011 encontra-se nas prateleiras de alguns supermercados o Olivas do Sul, primeiro azeite brasileiro comercial. Produzido na cidade gaúcha de Cachoeira do Sul onde as oliveiras adaptaram-se muito bem ao clima e solo, esse estrato de oliveiras é feito com 100% de azeitonas arbequinas. O método de produção desse produto extra virgem (ou virgem extra como chamam os produtores gaúchos) é quase que artesanal com azeitonas colhidas manualmente tendo seu óleo extraído a frio uma única vez. A acidez é outro ponto positivo do Olivas do Sul, máximo de 0,3% com e seu sabor acentuado e de persistência, além da cor que lembra um fio de ouro quando esta saindo da garrafa. Aproveite...

Dicas:

- Não deixe que o azeite envelheça. Com o tempo ele perde o brilho, o frescor e se torna rançoso;
- Mantenha o azeite ao abrigo da luz e do calor evitando a sua deterioração. Assim, prefira azeites em embalagens de vidro escuro;
- Mantenha fora da geladeira. Um azeite resfriado tem seus aromas e sabores inibidos.

http://www.olivasdosul.com.br/